Gangster Love, Capitulo 30 – Goodbye! – The End!

Kimberlly Somers P.O.V

Abri meu closet e entrei nele com algumas malas. Agora era a hora de arrumar tudo. Em algumas horas eu estaria indo embora. Provavelmente será a coisa mais difícil que eu vou fazer. Deixar minha melhor amiga, meu irmão e o cara que eu amo está acabando comigo, eu nunca me imaginei separada do meu irmão. Dói muito.

Abri a primeira porta do closet e comecei a tirar as roupas, as colocando na mala. Não era uma quantidade absurda de roupa, mas tinha muita roupa, mas ia caber em algumas malas grandes. Algumas lágrimas caíram dos meus olhos e escorreram pelas minhas bochechas. Senti braços fortes me envolverem por trás, já sabia quem era então me virei e abracei Justin com força. Foi ai que eu desabei, comecei a molhar seu peito desnudo de lagrimas. As mãos de Justin acariciavam minhas costas e minha nuca. Ele não sabe o quanto eu ia sentir falta dele. Das coisas erradas que ele me levou a fazer.

Ah, que droga! Eu o amo tanto e vou ter que deixá-lo.

- Não chore... – ele acariciava minhas costas – Não chore amor.

- Não quero deixar você – solucei contra seu peito.

- Eu sinto muito – ele me afastou um pouco dele e me olhou nos olhos.

- Me beije, por favor.

Justin apenas fechou os olhos e sua boca se aproximou da minha. Segurei seu rosto, nossas línguas se entrelaçam. Senti meu corpo relaxar e meu choro sumir. Ele me acalma.

- Vamos passar nossa última tarde como um casal normal? – Justin partiu o beijo com dois selinhos.

- Sim, por favor.

Justin chamou algumas empregadas e elas vieram arrumar minhas roupas e tudo meu do quarto. Tomei um banho com cuidado por causa da minha perna com essa bota chata. Me arrumei com uma roupa que ainda não estava na mala. Fiz uma maquiagem bem leve, pó, rímel e um gloss incolor. Sentei na cama a espera de Justin. Olhei as horas no meu celular, dez da manha. Suspirei e entrei no closet, peguei uma mala e voltei pro quarto. Comecei a guardar álbuns, fotos, alguns ursos pequenos, caixinha de joia, coisas de maquiagem. Até Justin entrar no quarto. Larguei o que estava fazendo e fui com ele.

- Onde vamos? – perguntei observando Justin dirigir.

- Vamos para um lugar meio afastado, já que as pessoas não podem me ver.

Coloquei a mão na coxa de Justin e suspirei.

- Vou sentir sua falta – murmurei.

- Eu também vou sentir sua falta, babe – ele acariciou minha mão levemente.

(...)

Era um campo enorme, verdinho,  com algumas flores, era lindo. Justin pegpu uma mochila e saímos do carro, só tinha a gente ali. Sentamos na grama, Justin se encostou na árvore e eu me sentei no meio de suas pernas, de costas pra ele, encostei a cabeça em seu peito e suspirei levemente. Justin envolveu os braços em mim, suas mão tocaram minhas pernas e ele começou a acariciá-las.

- Você vai continuar nessa vida de gângster quando eu ir embora? – perguntei encarando a grama.

- Pra sempre – respondeu – Por que acha que eu e Chaz não queríamos que você entrasse nessa vida? – ele apertou minha perna levemente.

- Porque quando entra não pode mais sair.

- Exatamente. Não tem mais volta.

- Promete que, quando eu for embora você vai se cuidar?

- Eu sempre me cuido, amor.

- É tão lindo.

- O quê?

- Quando você me chama de amor.

- É? – ele sorriu, sorri junto.

- Nem parece um criminoso.

- Eu já te disse que tenho meus momentos.

Ri e levantei o rosto, beijando Justin.

(...)

- Está com fome? – Justin perguntou, pegando a mochila – Eu trouxe comida.

- O quê? – me sentei de frente pra Justin, com pernas de índio.

- McDonald's – ele colocou o lanche na grama recentemente cortada – Suco de laranja, algumas frutas e vodka.

Dei risada.

- Claro que você ia trazer sua bebida preferida.

- Minha bebida preferida é outra coisa – ele sorriu maliciosamente. Corei.

Começamos a comer enquanto conversávamos sobre besteiras, coisas aleatórias, estávamos nos divertindo como um casal normal. Conheci o lado brincalhão de Justin, é uma pena não ter conhecido antes. Justin se jogou por cima de mim, ficamos nos beijando e trocando carícias, as coisas esquentaram. Sim, transamos. Não nos julguem, era o nosso último dia juntos. Joguei uma uva e Justin pegou com a boca, ele jogou uma e agarrou na minha boca, ele riu enquanto eu fiz biquinho.

- Ei amor – Justin me chamou, parando de rir.

- Oi amor – ele sorriu e se inclinou.

- Eu te amo – ele fechou os olhos e me beijou.

- Eu também te amo – disse sorrindo, após terminar o beijo.

(...)

Justin estacionou o carro e descemos do mesmo, entramos em casa e encontrei minha mãe sentada no sofá, ela virou e encarou eu e Justin, ela se levantou e veio até nós.

- Chegaram bem na hora – ela disse – As malas já foram. Temos que estar no aeroporto em uma hora.

- Obrigada mãe. 

- Sinto muito por vocês terem que se separar. Eu sei como é essa dor.

- Sabe? – Justin perguntou.

- Senti ela quando eu e o pai da Kim nos separamos.

- Como? Pra onde ele foi? – perguntei.

- Eu não sei, quando fui obrigada a me prostituir seu pai sumiu, ele me deixou. Não tenho notícias dele há muito tempo, anos.

- Ele é um idiota – Chaz disse descendo as escadas – Nem faz falta.

- Com certeza – mamãe concordou, rindo.

- Fico feliz que estejam se dando bem – disse encarando mamãe e Chaz.

- Nós também – mamãe sorriu – Agora vão se arrumar. Infelizmente temos que ir.

Assenti e puxei Justin comigo, que ao passar por Chaz fizeram um toque. Empurrei Justin pra dentro do banheiro e tranquei a porta. Tiramos nossas roupas e entramos no chuveiro, tomando nosso último banho juntos.

Vesti um vestido florido e soltinho, mas que marcava minha cintura, que mamãe tinha separado pra mim e calcei a sapatilha vermelha e passei o mínimo de maquiagem possível. Justin entrou no quarto, calça moletom, supras amarelos e uma regata branca. Peguei minha bolsa com poucas coisas dentro e saímos do quarto, entrelaçando nossos dedos e descendo as escadas. Encontrei Kailane com Chaz, e Ryan com minha mãe. Kai veio até mim e me abraçou, ela estava segurando o choro. Dei uma última olhada na casa e saímos da mesma, indo pro carro, em direção ao aeroporto.

(...)

Abracei Ryan, apertado, não tinha muita afinidade com ele mas ele fez parte da minha vida aqui também. Pulei nos braços de Chaz, foi aí que comecei a chorar, eu sentiria tanta falta dele, do abraço dele, dos carinhos, conselhos e cuidados que ele tinha comigo.

- Eu te amo, maninha – Chaz chorava enquanto me apertava com força contra ele.

- Eu também te amo, maninho – minhas lágrimas molhavam sua camisa – Promete que vai ir me ver?

- Todo mês eu vou te ver, eu prometo.

Soltei Chaz e abracei Kailane. Ah, como eu ia sentir falta da minha melhor amiga louca.

- Ah sua vadia, vai me deixar – ela disse chorando, me apertando.

- Sinto muito amiga – solucei – Chaz vai te levar pra me ver. Eu vou sentir sua falta.

- E se ele enjoar de mim e não querer me levar? – ela estava procurando brechas pra não me deixar ir.

- Você capa ele – me soltei dela.

- Ei – Chaz protestou, mamãe riu.

Olhei pra Justin e o mesmo tinha as mãos no bolso e a cabeça abaixada. Caminhei até ele que estava um pouco afastado do pessoal. Ele levantou o olhar e me encarou, percebi que seu maxilar estava travado, ele estava segurando as lágrimas. Peguei em seus braços e deslizei minhas mãos pelos mesmos, segurei suas mãos e entrelacei nossos dedos, funguei e o puxei pra mim, o abraçando com força. Justin liberou o ar pela boca com força, então ele começou a chorar. O apertei mais em mim. Ele estava chorando por mim. Por nós.

- Você não pode ir embora – ele murmurou contra meus cabelos – Eu acabei de descobrir que eu amo você, e você está indo embora. Você não pode fazer isso comigo, Kimberlly.

- Eu sinto muito, amor – fechei os olhos, deixando as lágrimas rolarem livremente – Eu não queria te deixar, eu viveria nessa vida com você pra sempre, por que eu sei que você sempre estará lá para me salvar, para cuidar de mim. Eu viveria esse Amor Bandido com você, se eu pudesse tomar minhas próprias decisões.

- Não é justo, Kim – seus braços me apertavam com força – Você acha que é justo?

- Não, é claro que não é justo – me separei dele, olhando para seus olhos.

- Não é justo mas é o melhor pra você.

Segurei o rosto de Justin e aproximei meus lábios dos seus, o beijei com urgência. Era um beijo repleto de despedida, sabíamos que não íamos mais nos ver, e se voltássemos a nos ver, ia ser depois de muito tempo, anos. Coloquei as mãos no rosto de Justin enquanto ele tinha os braços ao meu redor, acariciando minhas costas. A voz da mulher soou pelos nossos ouvidos nos mandando ir para a sala de embarque, comecei a chorar, minhas mãos tremiam levemente, solucei entre o beijo, o rompendo.

- Eu te amo, Justin – disse o dando um selinho.

- Eu também te amo, Kim – ele beijou a minha testa – Eu te amo, não se esqueça disso. Adeus!

- Mate ele, é tudo o que eu te peço – eu disse o olhando nos olhos – Eu te amo. Adeus!

Dei um abraço em todos, mandei Chaz dar um tchau pra Luke, ele estava trabalhando e não pôde se despedir de mim. Dei um último beijo em Justin. Segurei a mão da minha mãe e caminhamos até a sala de embarque, dei uma última olhada pra todos eles e entramos no avião. Quando o avião decolou senti meu coração ser partido em mil pedaços.

Mas... talvez seja bom. Um novo recomeço? Talvez.

Mas eu o amo tanto. Isso não vai mudar.

Justin Bieber P.O.V

Eu sabia que nunca mais a veria, e se voltasse a vê-la seria depois de muito tempo. A vida dela já vai estar completamente mudada, talvez ela esteja casada e com filhos, eu vou estar na minha vida de criminoso, como eu disse a ela: quando se entra não se sai nunca mais. Passei as mãos no rosto limpando as lágrimas e me virei saindo dali após o avião decolar e eu sussurrar um "eu te amo" para ela, que estava voando para Inglaterra.

Oh, droga! Ela me mudou. Ela me fez chorar, me fez amar, e eu a amo por isso.

Talvez quando voltarmos a nos ver ainda teremos uma chance, ainda vamos ser felizes. Ah, qual é! Isso não vai acontecer. Kimberlly Somers foi o meu primeiro amor, o qual eu nunca vou esquecer. Talvez o destino não quisesse nos unir, apenas... apenas, queria que ajudássemos um ao outro. Ela me mudou e eu a mudei. Eu a livrei de um trauma terrível e ela me ensinou a amar. Talvez não fomos feitos para ficarmos juntos.

"Mate ele, é tudo o que eu te peço."

Oh, amor! Eu vou matá-lo por você. Eu prometo.

Entrei no meu carro e o liguei. Chaz já estava no carro com Kailane e Ryan no dele. Começamos a dirigir até pararmos numa sinaleira, paramos o carro um ao lado do outro. É, pra sempre vai ser assim. Eu me orgulho de mim por tudo o que eu conquistei, mesmo sendo no crime, fora da lei, tudo o que eu consegui foi difícil, inclusive ela. Mas agora nos separamos. Tudo o que me resta é os meus amigos e meu império.

E minha prioridade agora... é matá-lo!

- Correr ou morrer – eu disse roncando o motor do carro.

Como ela mesma disse: Vivemos um Amor Bandido.

E talvez... isso não seja um adeus, apenas... um até mais!

✞

ACABOOOOOOOOOOOOOOU! )))))): Ah gente.

Vocês não tem ideia de como foi bom escrever essa Fanfic! Muito obrigada a todas as garotas que acompanharam e que comentaram. Até mesmo as meninas que não comentaram, tudo bem, de verdade. Fico feliz que tenham acompanhado a Fanfic.

NÃO VAI TER SEGUNDA TEMPORADA! DESCULPA PRA QUEM PEDIU, DE VERDADE.

Espero que tenham gostado de ler Gangster Love tanto como eu gostei de escrevê-la. Eu aprendi muito com essa Fanfic, de verdade.

Comentem o que acharam de Gangster Love e do final dela também. Sei que o final não foi muito emocionante mas foi o melhor que eu consegui fazer, até por que estou sem internet e estou roubando o wifi da vozinha, haha.

Beijos e eu amo vocês.

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