Gangster Love, Capitulo 22 – You go to England and do not talk about it anymore.

Kimberlly Somers P.O.V

Acordei e percebi que Justin não estava mais do meu lado. Sorri ao lembrar dos acontecimentos da noite passada. Me levantei e fui até o banheiro, tirei a camisa de Justin e a dobrei, tirei sua cueca e levei pra dentro do box comigo. Tomei um banho demorado e lavei os cabelos, lavei a cueca de Justin também. Sai do banheiro e me enrolei na toalha, peguei a camisa de Justin e a guardei no meu closet. Me vesti e fui até a penteadeira, peguei o secador e a escova e comecei a secar meus cabelos.

Depois de secar meus cabelos, fiz uma maquiagem bem levinha, hoje era sexta-feira. Olhei no relógio e estava quase atrasada. Peguei minha bolsa e saí do quarto, desci as escadas rapidamente e tropecei na mesma, quase caindo. Fui até a cozinha e coloquei minha bolsa no balcão. Caminhei até uma gaveta do armário e o abri vendo vários remédios e então me lembrei da pílula, revirei a gaveta toda mas não achei.

- Procurando por isso? – ouvi a voz rouca falar atrás de mim, tomei um pequeno susto e virei o rosto fazendo minha franja cair no meu rosto – Eu mandei comprar.

- É – sorri e caminhei até Justin, peguei a cartela do remédio de suas mãos e me virei com um sorrisinho amarelo no rosto – Obrigada.

Tirei um comprimido da cartela e enchi um copo com suco, tomando o remedio. Olhei no relógio e tomei o suco em uma golada só, corri até minha bolsa e escorreguei mas me segurei no balcão, peguei a bolsa pra e me virei rapidamente pra trás. Senti Justin me puxar e bati meu corpo contra o seu.

- Sexo te agita assim? – ele perguntou enquanto me apertava contra ele.

- É que eu estou atrasada para a esc...

Não terminei de falar pois senti seus lábios nos meus, sua língua invadiu minha boca sem permissão, começando um beijo intenso. Segurei sua nuca e o beijei com vontade, passei meu outro braço por seu pescoço enquanto segurava sua nuca. Interrompi o beijo chupando a língua de Justin. Ele sorrio e abriu os olhos. Ryan, Chaz e Kailane passaram pela porta entrando na cozinha. Tentei me afastar mas Justin me impediu. Kailane nos olhos com um sorriso malicioso no rosto.

- Vocês ficam tão bonitinhos juntos – Kailane disse se agarrando no braço de Chaz.

- O que está acontecendo aqui? – Chaz franziu o senho ao me ver agarrada com Justin.

- Acho que ta na cara não é Chaz? – Ryan ironizou, debochando.

- Justin, larga ela – Chaz mandou nos encarando.

- Chaz... – murmurei.

- Depois vamos conversar – ele apontou pra mim e deu as costas saindo da cozinha.

- Ciúmes de irmão – Ryan murmurou debochando.

Olhei pra Justin e sorri mordendo os lábios, senti seu olhar nos mesmos. Justin me beijou novamente. Separamos nossos lábios ao ouvir os múrmuros de Kailane e Ryan. Justin aproximou sua boca dos meus lábios.

- Eu amei nossa noite – senti ele morder minha orelha – Estou me sentindo ótimo.

- Eu também – sorri – Se você está se sentindo assim imagine eu.

Justin apertou minha cintura me puxando mais contra ele.

- Estamos atrasadas – Kailane chamou nossa atenção levantando o braço – Se você não se lembra.

- A inauguração da boate foi cancelada ontem e será hoje – Justin me soltou aos poucos – E eu quero que você vá.

(...)

A festa daboate de Justin foi muito boa, realmente colocou milhares de boates no chinelo. Puxei as mangas do meu moletom, estava um pouco frio. Peguei a carta que recebi hoje pelo correio e a abri. Era da minha mãe.

"Filha, eu não tenho muito tempo,  mas eu vou te contar tudo. Quando eu e seu pai abandonamos vocês foi terrível. Fomos obrigados. Compramos nossa casa com o Jhon, mas seu pai ficou desempregado. Devíamos muito dinheiro a ele, tentamos pagar aos poucos mas ele não quis. Ele só quis saber de você e Chaz, ele queria nos ver sofrer e ele conseguiu. Jhon já era envolvido com o crime e mandou capangas baterem no seu pai. Lembra que você foi visita ele no hospital? Não tivemos escolha e deixamos você e Chaz. Eu sinto muito filha. Jhon me obrigou a trabalhar com ele para pagar a dívida.  Até hoje não paguei por que dinheiro de prostituta não é bom. Seu pai morreu em um tiroteio há um ano e meio.

Mas invés de pagar meu salário de prostituta pro Jhon eu o guardo a muito tempo. Eu vou ir embora Kim, eu vou para a Inglaterra. Eu espero que você largue essa vida e venha recomeçar comigo.

Diga ao Chaz que eu o amo muito. E eu também fe amo filha, muito. – Mamãe!

A.10.R.11.V.12.O.13"

Chaz me olhou com os olhos marejados. Ele acabara de ler a carta. Limpei minhas lágrimas e me afastei do abraço de Chaz.

- Você vai com ela – Chaz disse autoritário – Você vai para a Inglaterra. O meu mundo não é pra você. 

- Mas...

- Assunto encerrado, Kimberlly – disse alto – Daqui a dois meses você vai para a Inglaterra.

- Chaz... – murmurei sentindo meus olhos lacrimejarem.

- Você vai para a Inglaterra e não se fala mais nisso.

Chaz saiu do meu quarto batendo a porta. Me deixei na cama e deixei as lágrimas rolarem. Logo agora que minha vida começou a voltar ao normal, isso acontece. As horas passaram rápido e já eram quase meia-noite. Entrei no banheiro e tomei um banho, me vesti com um pijama quentinho já que estava fazendo um pouco de frio. Desci as escadas pra comer alguma coisa, cheguei na cozinha e os meninos estavam lá. Dei boa noite e peguei uma caneca, coloquei leite e nescau. Funguei e passei a mão no nariz.

- Você está bem? – ouvi Ryan perguntar.

Assenti. Bebi meu nescau e lavei o copo. Me virei pra sair da cozinha mas ouvi Chaz me chamar.

- Kim – me virei pra ele – Não vai falar comigo?

Caminhei até ele e beijei sua bochecha o abraçando, de um beijo na bochecha de Ryan, me virei e senti a mão de Justin em minha cintura, logo senti seus lábios nos meus em um selinho demorado. Senti ele apertar minha cintura levemente. Sorri fraco.

- Boa noite – murmurei e subi pro meu quarto.

(...)

Peguei as chaves do meu Shelby e saí de casa cedo, sem falar com ninguém. Entrei no meu carro e dai partida. Parei numa lanchonete e comprei um café, me sentei na cadeira, no fundo da lanchonete e comecei a tomar meu café. Olhei pra frente e vi uma movimentação na entrada do estabelecimento, algumas pessoas começaram a correr e muito barulho dominou o local. Vi vários homens de preto com armas nas mãos. Peguei minha bolsa e corri pra mais fundo ainda da lanchonete, me sentei em baixo da mesa. Era um assalto.

- TODO MUNDO CALADO! – ouvi uma voz desconhecida por mim falar – Ei você – ele falou com alguém – Vai colocar a grana aqui dentro – ouvi um pequeno silêncio e logo ouvi um barulho de tiro, cobri a boca pra não gritar – Alguém mais quer morrer?

- Coloca toda a grana e não deixa nenhum centavo ai – ouvi uma voz conhecida falar, Jhon – Temos três minutos. Vou verificar lá atrás.

Senti meu rosto ser inundado por lágrimas. Ouvi passos se aproximando e respirei fundo. Ouvi as cadeiras serem arremessadas pra todo lugar. Senti uma coisa dura bater em meu rosto com muita força, gemi de dor. Passei a mão em meu rosto e senti molhado, estava sangrando e doía muito. Senti meu braço ser puxado e eu logo me encontrava de pé. Senti uma coisa gelada em meu queixo, era uma arma.

- Olha se não é a princesinha do Bieber – ouvi a arma ser destravada e Jhon segurar meu pescoço – É uma pena você estar aqui querida, é o seu fim.

Ouvi sirenes de polícias altas se aproximando do local.

- CHEFE VAMOS – ouvi um de seus capangas gritarem – ESTÃO HÁ TRINTA SEGUNDOS DAQUI.

Jhon bufou irritado e bateu com o cano da arma no meu rosto, no mesmo lugar de antes, que agora doía muito mais.

- A gente se vê querida – ele me largou – Mande lembranças pro Bieber.

Em poucos segundos Jhon e seus capangas não estavam mais no local, peguei minha bolsa com rapidez e corri pra fora da lanchonete, me joguei dentro do meu carro e o liguei saindo dali com rapidez, não queria ser interrogada por policiais. Cheguei em casa e estacionei o carro de qualquer jeito, saí do mesmo e entrei em casa, meu rosto doía muito e estava sangrando muito. Joguei as chaves na mesinha.

- CHAZ – berrei com dificuldade.

Me sentei no chão e coloquei as mãos no meu rosto, doía muito mesmo.

- Kim? – vi Justin sair da cozinha com uma latinha de cerveja na mão – Deus, o que aconteceu com você?

Justin largou a latinha e caminhou até mim se abaixando em minha frente. Ele tirou minhas mãos do meu rosto e segurou o mesmo levantando um pouco, analisando o ferimento.

- Eu estava na lanchonete – comecei e ele me encarou – Jhon assaltou a lanchonete, eu me escondi mas ele me achou – gemi de dor e segurei a mão de Justin por cima da minha. O rosto de Justin mudou completamente, ele estava morrendo de raiva – Por favor, não faça nada agora, só me ajuda, está doendo muito.

- Vai tomar um banho e vai no meu quarto, vou pegar algumas coisas pra limpar isso.

(...)

- Ai, Justin – reclamei pela milésima vez, ele não sabia de jeito nenhum limpar ferimentos, estava doendo muito – AI!

- Desculpa, eu não tenho jeito pra fazer isso Kim – disse ríspido pela milésima vez.

- Você faz isso em você – disse sem ligar pra sua rispidez.

- Em mim é diferente.

Justin terminou de limpar e fez um curativo, igual a cara dele. Tive que refazer tudo. Me joguei na cama dele e peguei a coberta a jogando por cima de mim. Justin saiu do banheiro e me olhou, minutos depois ele estava fumando, não era cigarro de maconha, pelo menos isso. Peguei o celular de Justin encima da cama e o liguei tentando o desbloquear. Tentei e tentei mas não consegui. Gemi falso e Justin me olhou.

- Coloca a senha pra mim? – murmurei meiga.

- O que quer no meu celular? – ele liberou a fumaça pela boca.

- Jogar – dei de ombros.

- Não tem jogos ai – ele tragou o cigarro desviando o olhar de mim.

- Eu baixo – fiz biquinho quando ele me olhou.

Justin bufou irritado e caminhou até mim, pegando seu iPhone 5 branco da minha mão e colocando a senha, jogando na cama em seguida. Sorri pra ele e o puxei pra baixo com força, selei meus lábios nos dele e os chupei, ele riu pelo nariz.

- Experimenta – ele colocou o cigarro na minha boca.

Traguei o cigarro e liberei a fumaça logo em seguida, comecei a tossir.

- Sai de perto de mim com isso – o empurrei e ele riu indo pra janela.

- Eu vou pro escritório, Chaz já deve estar chegando – ele jogou o cigarro fora.

- O que vão fazer? – perguntei curiosa.

- Precisamos pegar Jhon – ele caminhou até a porta – Não mexe em nada aí.

- Meu beijo – fiz bico.

Justin riu e caminhou até mim, me dando um beijo de tirar o fôlego. Ele apertou minha coxa desnuda e chupo meu lábio gostosamente.

- Não se apaixone por mim, babe – ele murmurou e mordeu minha orelha, saindo do quarto em seguida.

Não se apaixonar. Acho que já é tarde demais.

O resto do dia a única coisa que eu fiz foi dormir. Não saí do quarto de Justin pra nada, ele entrou diversas vezes no quarto mas não nos falamos. Abri os olhos ao ouvir a porta ser aberta. Era Chaz com uma bandeja na mão.

- Come – ele me entregou o prato – E vamos aproveitar pra conversar.

- Obrigada – murmurei me sentando e começando a comer.

- O que você e o Justin tem? – ele me encarou.

- Nada – mordi o sanduíche.

- Não minta pra mim – ele estava sério.

- Eu não tô mentindo, não temos nada um com o outro.

- Kim, Justin não é cara de uma garota só – ele sentou do meu lado – Não quero que ele te machuque.

- Eu sei. Mas eu já sei como Justin é.  Ele é de todas as garotas. Ele não ama, ele é frio, grosso e possessivo. Sei que ele nunca vai me amar e que ele nunca vai ser meu. Eu sei quem ele é.

Chaz suspirou e assentiu.

- Vocês já...?

- Eu não vou mentir pra você... Ele estava me ajudando a superar o estupro, e eu superei, Chaz.

- Oh, Deus Kimberlly – Chaz colocou as mãos na cabeça – Você cometeu a maior burrada.

- Não Chaz – balancei a cabeça – Eu sei como ele é e eu aceitei, ele me ajudou a superar o maior trauma da minha vida, não foi um erro. Ele me salvou.

- Você vai acabar se machucando, Kim, muito.

- Não, eu não vou. Em menos de três meses eu vou embora e nunca mais vou vê-lo. Eu sei onde eu me meti e eu vou sair dessa. Eu sabia das consequências.

Chaz suspirou assentindo.

- Você é bem madura pra uma garota de dezesseis anos – ele sorrio fraco e me olhou.

Abri os braços e o abracei bem forte.

- Eu amo você, Chaz.

- Eu também te amo, Kim – nos separamos – Justin me contou sobre o que aconteceu com você, eu sinto muito.

- Tudo bem – dei de ombros – Eu quase morri mas eu estou bem. Agora vai lá bolar um plano e matar aquele filho da puta!

Chaz gargalhou e assentiu, dando um beijo em minha testa e saindo do quarto.

✞

Gostaram????

Esperem ansiosas por que os próximos oito capítulos são os finais e terá muuuuuuuuuuitas emoções! <3

Beijossssssss!

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