Criminal 2ª temporada, Capitulo 14 - When you're gone.

Jason McCann P.O.V

Ela me abraçou e eu fiquei imóvel, eu simplesmente não consegui me mover. Ela estava perto de mim depois de treze anos. A minha vontade era de agarrar ela e a encher de beijos. Mas eu não consegui fazer isso. Ela podia estar com outro cara e ter seguido em frente. Ela pode ter se esquecido de mim e ter voltado apenas pro casamento da Selena e depois ir embora. Mas por que ela estava me abraçando com tanta força?

Bruna me soltou depois de alguns minutos. Eu não conseguir a abraçar, eu não sei o por quê. Talvez pelo falo dela ter me abandonado da pior maneira possível, e ter levado minha filha com ela, ter levado meu coração com ela. Mesmo destruído do jeito que eu fiquei eu sei que errei, mas ela não podia simplesmente me esperar pra nós conversarmos? É, acho que não.

Ela estava diferente. Cabelos loiros e curtos. Seus cabelos tão lindos na cintura, escuro agora estava loiro e curto, mas ela ainda fica linda. Curvas perfeitas. Sim, eu olhei o corpo dela. Ela ainda parecia uma adolescente, corpo perfeito, rosto perfeito, nem aparentava ter trinta e quatro. Ela estava mais linda da última vez que a vi, há treze anos.

Bruna me encarava sem desviar o olhar por um segundo. Seus olhos estavam brilhando, o que era estranho. Sempre achei que ela me odiasse e por isso foi embora. Por que não me aguentava mais, por que não me amava mais, por me achar um babaca por falar que ela nunca deveria ter entrado na minha vida. Eu me lembro de todas as palavras que eu disse e isso me atormenta a cada dia. Eu não deveria ter dito aquilo. Até por que era e é, uma mentira. Agradeço a Deus por ela ter entrado na minha vida, foi uma das melhores coisas que já me aconteceu no mundo. Eu amava ela com todas as minhas forças e deixei ela escapar dos meus braços por que fui um estúpido, completamente idiota.

Bruna esticou seus braços e logo senti suas mãos quentes e meio trêmulas tocarem meus rosto. Eu ainda continuava imóvel, entorpecido, parecendo uma estátua. Bruna começou a acariciar meu rosto enquanto nos encarávamos. Ah, como eu senti falta desse toque.

- Eu senti a sua falta. – disse Bruna num sussurro.

Como era bom ouvir sua voz depois de tantos anos.

- Eu também. – respondi baixo.

- Você está bem? – perguntou Bruna me olhando.

- Sim, eu estou bem. – respondi. – E você?

- Eu estou bem. – Bruna tirou a mão do meu rosto desviando o olhar pela primeira vez.

Agora quem estava encarando sem parar era eu. Tem noção de como eu procurei essa mulher? Eu não sei como não a consegui encontrar. eu não era tão bom em buscas e sim Chaz mas ele se recusou a me ajudar pela minha própria segurança. Ele falava que ela tinha me deixado e eu tinha que seguir em frente. Ele foi tão cruel sabendo que eu a amava mais que tudo.

(Coloca When You're Gone pra tocar.)

- Por que você me abandonou? – perguntei.

- Talvez por que você me deixou sem escolhas. – ela disse voltando a me olhar. – Eu só estava cansada daquela vida que eu levava.

- Que vida?

- Você sabe Jason. – retrucou. – Trancada o tempo todo sem poder sair pra nada. Apenas em casa e fora de qualquer esquema de vocês... Cansada da vida que eu tinha sendo mandada por você, eu não nasci pra ser mandada por homem e nem pra viver trancada.

- Eu sinto muito. – disse desviando o olhar. – Eu não queria ter dito tudo aquilo que eu te disse, foi uma mentira e um erro. Se eu pudesse voltar atrás eu faria tudo do jeito certo.

- Mas você não pode voltar atrás.

- Eu só queria ter feito tudo diferente.

- E eu queria que tivesse sido tudo diferente.

- Posso te falar uma coisa? – perguntei disposto a colocar tudo pra fora.

- Sim.

Suspirei olhando pro céu que já estava escurecendo e logo o por do sol estaria a vista pra todos.

- Eu sempre precisei de um tempo pra mim mesmo e disso você já sabe. – comecei. – Eu nunca pensei que precisasse de você e do seu apoio quando chorasse ou quando algo desse errado, e depois que você foi embora que eu percebi isso. Todos os dias que eu passei te procurando foram como anos pra mim. Você sabe como era acordar todos os dias e não te ver ao meu lado dormindo como um anjo? A nossa cama passava dias arrumada porque você não estava lá para bagunça-la, infelizmente... Você não sabia o quando eu precisei de você. – percebi que os olhos dela estavam começando a lacrimejar. – Quando você se foi os pedaços do meu coração sentiram a sua falta, quando você foi embora o seu rosto me fez falta, quando você foi embora eu nunca mais ouvi as suas palavras me fazendo levar o dia e fazer ficar tudo bem. Eu senti a sua falta.

Dei uma pausa pra recuperar o fôlego. Ela me olhava com os olhos brilhando pelas lágrimas. Ah, como eu odiava a ver chorando.

- Jason... – ela começou a dizer mas eu a interrompi.

- Eu nunca tinha me sentido daquele jeito antes. – comecei a falar novamente. – Tudo o que eu faço até hoje me lembra você. As poucas roupas que você deixou suas e de Julie no cesto de roupas sujas ou no varal estão guardadas até hoje no meu armário, elas ainda tem o seu cheiro, o cheiro da minha menininha. – suspirei segurando o choro. – Quando você foi embora o meu coração se despedaçou em milhões de pedaços. Quando você foi embora você não sabe o quanto o seu rosto me fez falta, de como a sua foz me fez falta, de como você me fez falta. Eu senti a sua falta Bruna. – repeti sentindo meus olhos arderem pelas lágrimas que não caíam. – Nós fomos feitos um pro outro, você não sabe disso? Fomos feito pra ficarmos juntos pra sempre, ou até a nossa morte... Eu sei que fomos e você também sabe. – a olhei nos olhos e as lágrimas escorriam pela sua face sem parar. – Eu só quero que você saiba que tudo o que eu faço e fiz eu me entrego de corpo e alma, eu mal posso respirar. Eu preciso sentir você aqui comigo novamente. – suspirei sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. – Quando você se foi Bruna eu fiquei sozinho e sem ninguém. Eu te deixava trancada pra você não fugir de mim e pra você não me abandonar mas infelizmente você fez isso. Quando você se foi eu chorei todos os dias tendo esperanças que você pudesse voltar mas você só fez isso depois de treze anos. E só agora eu percebo o quando eu fui desgraçado ao ponto de te falar aquelas palavras e eu espero do fundo do meu coração que você me perdoe, sabe por que? Porque eu estava mentindo. Você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Deus te colocou no meu caminho e ele te colocou nos meus planos pra me mudar e me fazer se tornar uma pessoa melhor e foi isso que você fez... Mas a minha vida nunca vai mudar, eu sempre vou fazer parte do grupo mais perigoso de New York. – suspirei limpando minhas lágrimas, as dela ainda caíam freneticamente. – Eu senti a sua falta.

Por impulso coloquei minhas mãos em seu rosto limpando suas lágrimas quentes. Eu sempre odiei a ver chorando, me matava por dentro. Depois de alguns minutos Bruna sessou o choro. Acariciei seu rosto e senti sua pele se arrepiar, sorri levemente, era bom saber que eu ainda fazia efeito nela apenas com um toque. Por incrível que pareça Bruna se aproximou de mim colando nossos corpos. Suas mãos se levantaram pousando em minha nuca. Senti seus lábios nos meus e fiquei sem reação mas logo tratei de fechar os olhos e colocar as mãos em sua cintura. Seus lábios se movimentaram sobre os meus e eu logo fiz o mesmo.

Aquilo era real? Eu estava sentindo seus lábios nos meus depois de tantos anos. Nossas línguas travavam uma batalha, minha língua explorava cada canto de sua boca e a dela fazia o mesmo. Aquilo era surreal. Nunca pensei que pudesse a beijar novamente, ainda mais por uma atitude vindo dela.

Subi a mão pras suas costas a acariciando. Uma das mãos de Bruna subiram pros seus cabelos afagando os mesmos me puxando contra si. Nosso beijo era intenso e uma delícia. Chupei seus lábios intensificando ainda mais o beijo. Bruna ainda mexia no meu cabelo como ela mexia a treze anos atrás. Ela era carinhosa e mesmo assim bem quente. Ela me levava a loucura com apenas um beijo.

Nos separamos do beijo depois de longos minutos, eu ainda não sei como consegui ficar beijando por tanto tempo. Respirávamos ofegante tentando controlar a respiração. Como é bom a beijar depois de tanto tempo. Os sentimentos que eu sentia por ela agora voltaram a tona, será que era possível eu ainda amar uma mulher mesmo depois de treze anos? Eu não sei. Confusão, é isso que está na minha cabeça agora.

Bruna abriu a boca pra falar alguma coisa mas alguém a chamando a interrompeu.

- Bruna? –  uma voz masculina a chamou e logo um homem meio familiar apareceu atrás dela. – Amor?

Bruna olhou pra trás e se afastou de mim. O homem se aproximou de nós e a pegou pela cintura a afastando ainda mais de mim. Bruna suspirou fechando os olhos e os abrindo novamente.

- O por-do-sol está acontecendo, vamos lá ver. – o homem ainda meio familiar pra mim disse pra Bruna.

- Sim, vamos. – Bruna respondeu e me olhou.

O homem deu as costas a puxando pela mão.

- Eu senti a sua falta. – Bruna apenas gesticulou com os lábios sem deixar sair nenhum som.

Olhei pra frente observando o por-do-sol que estava muito lindo. O laranja misturado com um pouco do azul do céu e por algumas nuvens brancas. Aquela era uma das melhores vistas do mundo. E eu queria só ela aqui. Ela me beijou e isso me deixou impressionado, afinal ela tem namorado e eu acabei de perceber isso quando aquele cara veio aqui, que era meio familiar pra mim. Eu sei que ela ainda sente algo por mim porque ela  me beijou, ou será que foi por pena? Eu não sei mas acho que não, ela não era desse tipo.

Fernanda, por um milagre divino não veio aqui, o que é ótimo, ela deve estar se distraindo com algum cara por ai. Nosso namoro nem é namoro, é como uma amizade colorida tipo, bem colorida mesmo e eu não tô nem ai pra isso, eu não sou corno, afinal eu também fico com quem eu quero a hora que eu quiser. Fernanda é só como um passa tempo ou uma puta particular, eu só faço uma ligação e ela vem correndo. Mas ela sabe que não somos namorados e nunca mais vamos ser, já perdi todo o sentimento por ela há muito tempo.

Julie veio até mim e me deu um abraço, percebi que tinha um garoto segurando sua cintura mas não falei nada, ficamos observando o por do sol por alguns minutos até ele sumir de ver e o céu ficar escuro. Nunca tinha visto um por-do-sol e foi uma das melhores coisas que já vi na minha vida. Dava uma sensação de tranquilidade ficar observando aquilo. Finalmente eu conheci minha filha, ah Julie, tão linda e tão parecia com a mãe, aqueles olhos azuis lindos. Fiquei a observando e ela sorrio lindamente pra mim ainda sendo segurada pelo garoto.

- Seu sorriso é lindo. – disse e ela corou e abaixou a cabeça envergonhada ainda sorrindo me fazendo sorrir.

- Obrigada pai. – ela voltou a me olhar. – O seu também é.

Rimos e ela tirou a mão do garoto da cintura dela e o puxou mais pra frente, o cara estava envergonhado? Julie deu uma risadinha e o selou. Ok, minha filha tem um namorado? Acho que vou ter um treco. Minha princesinha beijando na boca, com um namorado. É, realmente eu perdi toda a sua infância e quase perdi sua adolescência. Eu não vou deixar Julie ir embora, não de novo.

- Pai esse é o Logan, meu namorado. – Julie disse com um sorriso beijando a bochecha do garoto.

- É um prazer conhecê-lo senhor McCann. – o garoto disse esticando a mão pra me cumprimentar.

- Olá rapaz, o prazer é todo meu. – apertei a mão dele. – Estão juntos a quanto tempo?

- Um ano e alguns meses. – Logan me respondeu e eu sorri, é, já tem bastante tempo.

- Paaaai. – Julie disse manhosa segurando meu braço e fazendo biquinho, Logan riu baixo.

- Fala princesa. – disse a dando um beijo na testa.

- Sabe... A uns dias atrás eu fiz aniversário, você sabia não é?

- Claro que sim e a proposito feliz aniversário atrasado. – a abracei apertado, minha menininha fez quinze anos.

- Então... A mamãe me deu o melhor presente do mundo. – fez beicinho me fazendo rir.

- E o que você pediu?

- Você. – disse abrindo um sorriso enorme. – Eu pedi pra te conhecer e ela disse que sim, foi o melhor presente do mundo.

- Você foi o melhor presente que sua mãe me deu. – a abracei novamente.

O presente dela foi me conhecer, eu tenho ou não a melhor filha do mundo? Sim, eu tenho. A conheci hoje mas a amo mais que tudo e sempre amei. Eu fiquei louco quando Bruna levou Julie embora, eu quase morri, eu só queria a minha filha. Eu não passava tanto tempo com Bruna mas ela é o presente de Deus pra mim e isso eu não posso negar, uma das melhores coisas que já me aconteceu. Julie.

(...)

Dia seguinte, New York, 18:30PM*

Por incrível que pareça Selena e Christian não foram pra lua de mel. Eles teimaram em dizer que vão ficar aqui e que a lua de mel deles vai ser pegar T-Bag, eu gostei disso. Bruna ainda não foi embora e eu acho que não vai tão cedo. As coisas dela estão na casa de Selena e eu ouvi elas conversando que Bruna ia ficar por mais algum tempo indeterminado. Eu e Julie saímos hoje mais cedo pro Shopping e ela comprou tudo o que queria, menina que gasta essa. Mas eu tenho todo o prazer de dar tudo o que ela me pedir. De tarde fomos pra piscina e eu pude ver a tatuagem na cintura e no bumbum de Bruna, ficou muito legal e Julie se gabou dizendo que foi ela que escolheu.

Tomei um banho e coloquei uma calça moletom e desci pra cozinha pra comer alguma coisa. Estava  morrendo de fome. Pedi pra Maria, – a empregada. – preparar alguma coisa pra eu comer e foi isso que ela fez. Suco de laranja com um hambúrguer enorme que eu pedi pra ela fazer. Sentei no banco alto e apoiei os braços no balcão e comecei a comer. Mariana faz uma comida gostosa demais e eu me lambuzo, isso é meio gay mas ela cozinha muito bem.

Minha mãe e a mãe de Bruna foram na casa de umas amigas. Julie e Logan foram no centro da cidade, ela me pediu permissão pra isso e eu deixei, fazer o que. Selena e Christian estão aqui em casa ainda, devem estar no jardim vendo o por-do-sol ou alguma coisa. Bruna e o namoradinho dela dormiram aqui também e estavam no quarto, transando deve ser e nem quero saber disso. Fernanda ainda não deu as caras mas eu também não ligo.

Ouvi passos se aproximando e tive a visão de Bruna entrando na cozinha apenas de moletom deixando suas belas pernas a mostra. Ela me olhou e sorrio abrindo a geladeira e pegando suco e colocando em um copo se sentando em minha frente. Terminei de comer e me levantei pra sair dali mas ela me impediu. Ela saltou da cadeira e me segurou pelos dois braços.

- Eu não deveria ter ido em bora sem te falar nada, eu sinto muito. Mas eu precisei fazer isso Jason eu não queria Julie no mundo de crime. – disse apertando meus braços levemente.

- Eu sinto muito por ter feito tudo o que fiz pra você. – disse e ela assentiu. – Agora vocês estão de volta e eu espero não fazer isso novamente.

- Eu não vou embora de novo, eu vim pra ficar. – disse soltando meus braços. – E eu espero que me perdoe e que possamos ser amigos.

- Amigos?

- Sim. – disse e abraçou seu próprio corpo. – Eu tenho um namorado e eu não quero o magoar como fiz com você.

- Você me beijou ontem.

- Eu sei Jason e eu não me arrependo de nada, mas... Eu acabei de voltar e não quero fazer nada por impulso.

- Você me beijou por impulso?

- Claro que não.

- Hum... – murmurei.

- Você tem uma namorada? – perguntou me olhando.

- Não, eu e Fernanda somos apenas amizade colorida. – disse e ela riu pelo nariz.

- É bom saber que seguiu em frente. – Bruna disse e me deu um tapinha no braço se virando pra sair dali mas fui mais rápido e a puxei pelo braço colando nossos corpo. – O que foi?

- Olha nos meus olhos e diz que não sente mais nada por mim. – disse a olhando nos olhos.

Bruna me olhou nos olhos e sua mão foi pra minha nuca. Aproximei nossos lábios e a beijei. Um beijo lento, sem pressa, um beijo de saudades. Acariciei sua cintura e a puxei pra mais perto de mim. Nos separamos do beijo e ela ainda mexia no meu cabelo. Nossos olhares se encontraram, nos olhamos nos olhos.

- Eu não posso dizer isso. – disse e saio da cozinha me deixando sozinho.

Suspirei tentando controlar a respiração, nos beijamos pela segunda vez. E ela tinha acabado de dizer que me ama? Não, ela não disse isso mas ela sente algo por mim e isso ela deixou bem claro. Fui até a sala e vi o namorado de Bruna. Ficamos nos encarando e eu subi pro meu quarto. Me sentei na cama e comecei a pensar naquele homem, eu já tinha visto ele, ele é bem familiar pra mim. Forcei minha mente e me lembrei dele. Eu tinha o visto há alguns meses em Los Angeles conversando com T-Bag.

Los Angeles, cinco meses atrás, 9:30PM*

- Pai eu não posso fazer isso. – disse um homem para T-Bag.

- Sim Matthew, você pode. Você vai colocar as bombas lá e eu vou te ajudar, está entendendo?

- Pai, você vai explodir mesmo a casa dele? Pai é o seu pior inimigo. – disse Matthew passando as mãos nos cabelos. – Você vai matar todos assim?

- Sim, eu vou. Cansei dele, agora vá e enterre as bombas com os homens.

- Que bombas são essas?

- As piores, ela explode metros de distância, agora vá.

Matthew assentiu e se foi. T-Bag olhou de relance pra mim e sorrio maroto.

New York, agora, 17:20*

Droga! É ele, Matthew, o filho de T-Bag, mas que droga, como eu não consegui reparar nisso antes? O cara tinha mudado demais nesses cinco meses. E o pior de tudo, tem bombas matadoras enterradas por todo lugar dessa casa, em baixo, dos lados, em tudo. Como eu não pude perceber que aquela conversa era sobre mim? T-Bag tem tantos inimigos e eu não achei que fosse eu, mas eu estava errado.

Eu até conversei com o pessoal sobre essa conversa e eles pensavam do mesmo jeito que eu. Ele podia fazer isso com outra pessoa afinal ele não seria louco ao ponto de  explodir minha casa com todos dentro? Isso seria loucura demais! Mas T-Bag Bagwell é imprevisível e ele pode fazer tudo. O cara é um filho da puta.

 Meu celular tocou, número restrito. Atendi e logo ouvi a voz de T-Bag.

- Olá Jason. – disse calmamente. – Aposto que já vi Matthew e já o reconheceu.

- Filho da puta. – rosnei.

- Sei também que se lembrou da conversa que eu e ele tivemos há alguns meses e sei que já sacou que sua casa vai explodir. – ele riu. – Eu sabia que você estava ouvindo por isso que falei com Matthew em sua frente.

- Como pode fazer isso? – perguntei alterado.

- Você tem uma hora. – ele riu. – Nos vemos no inferno McCann.

***

Continua? Hmmmmm... Ficou meio confuso esse final mas não achei jeito melhor pra fazer isso.

Beijossss!